Como lidar com as críticas
Não podemos tratar sobre o tema liderança, sem considerar algo que será inevitável, freqüente, mas que nenhum de nós esta preparado – AS CRÍTICAS.
Tratamos este tema muito precocemente nesta Escola de Liderança por entender que até mesmo para sermos trabalhados como líderes, precisamos receber críticas e digeri-las da melhor forma possível para nossa aprendizagem.
Quando vemos em nossos dias muitos líderes que freqüentam a mídia, e que diante a qualquer crítica por menor ou justa que seja, perdem totalmente a linha e compostura, percebemos o quanto é necessário o preparo e atenção quando somos “alvos das críticas”.
Iniciamos a reunião com o nosso hino oficial e oração de súplica por sabedoria sobre este tema difícil que nos dispomos a tratar.
Começamos o nosso debate com algumas perguntas que foram envolvendo todos numa discussão bastante produtiva.
1- Você já foi criticado?
R: 100% dos participantes concordaram que sim. Algumas vezes de forma bem difícil.
2- A crítica partiu de uma ou mais pessoas?
R: respostas pessoais.
3- Como você se sentiu?
R: tristeza foi a palavra que mais vezes foi citada. Destacamos que quando criticamos produzimos tristeza nas pessoas. Como líderes somos criticados, mas às vezes criticamos também! Nestas horas produzimos tristezas nas pessoas.
4- Você já criticou alguém?
R: 100% dos participantes concordaram que sim.
5- Quanto tempo você levou para superar a “crítica”?
R: a conclusão que chegamos é que depende de pessoa para pessoa, mas as feridas de certas críticas nunca serão superadas.
6- Por que criticamos?
R: A conclusão que chegamos é que criticamos por que muitas vezes as “coisas” não são do “jeito” que imaginamos ser certas.
A palavra crítica esta definida no dicionário como: “atividade de examinar e avaliar minuciosamente tanto uma produção artística ou científica quanto um costume, um comportamento; análise, apreciação, exame, julgamento, juízo
Ex.: <c. literária, musical> <c. de teatro, de cinema>”
Logo, concluímos que um elogio também é uma crítica. Só que no nosso entendimento a palavra crítica sempre tem um sentido negativo.
Não podemos ser descuidados ao ponto de não considerar qualquer crítica direcionada a nós. Destacamos que em todas as críticas, como líderes cristãos deveríamos analisar pelo menos os seguintes passos:
A crítica é feita por pessoas: quantas vezes ficamos traumatizados com todo um grupo, igreja, escola porque recebemos uma crítica de apenas um indivíduo?
A crítica pode vir de um servo de Deus ou de um não servo: como veremos mais abaixo é um ponto que precisa ser considerado.
A crítica pode ser justa ou injusta ( ter uma razão ou motivo plausível): quantas vezes ficamos irritados por receber uma crítica que foi justa? Nós teríamos a mesma reação se estivéssemos no lugar da(s) pessoa(s) ...
A crítica pode ser construtiva ou destrutiva: num entendimento geral, mesmo uma crítica construtiva, tem um impacto negativo quando a recebemos. Mas precisamos ser maduros e analisar os fatos.
Note que seguindo a linha de raciocínio dos pontos acima, podemos ter as seguintes variantes:
- Um servo de Deus, pode fazer uma crítica injusta e destrutiva.
- Um não servo de Deus, pode fazer uma crítica justa e construtiva.
- Um servo de Deus, consagrado ao Senhor, pode fazer uma crítica justa e construtiva. Neste caso não devemos humildemente observar ao invés de se irritar?
- Um não servo de Deus, pode fazer uma crítica injusta e destrutiva. Neste caso o que temos que considerar? Ficar abatido por uma crítica deste tipo?
A conclusão é que seja qual o tipo de variante acima, a postura do líder cristão é a mesma:
Dependência do Senhor
Não podemos nos abater
Devemos considerar e se corrigir
Devemos estar estimulados a fazer cada vez o melhor
Certo que diante de um tema complexo e abrangente como este, nunca conseguiremos esgotá-lo, e que ser criticado não é nada fácil ainda mais quando buscamos sempre fazer o nosso melhor, o Senhor que tudo vê nos ajudará a prosseguir, pois o nosso Senhor Jesus também foi tantas vezes duramente criticado, e quem somos nós para escapar?
Marcio A. Pereira – seminarista do STBTR